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terça-feira, 15 de julho de 2014
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Faça o 'teste do pescoço' e saiba se existe racismo no Brasil
Aplique o
Teste do Pescoço em todos os lugares e depois tire sua própria conclusão.
Questione-se se de fato somos um país pluricultural; uma Democracia Racial
Por Luh de Souza e Francisco Antero.
1. Andando pelas ruas, meta o pescoço dentro das joalherias e conte
quantos negros/as são balconistas;
2. Vá em quaisquer escolas particulares, sobretudo as de ponta como;
Objetivo, Dante Alighieri, entre outras, espiche o pescoço pra dentro das salas
e conte quantos alunos negros/as há . Aproveite, conte quantos professores são
negros/as e quantos estão varrendo o chão;
3. Vá em hospitais tipo Sírio Libanês, enfie o pescoço nos quartos e
conte quantos pacientes são negros, meta o pescoço a contar quantos negros
médicos há, e aproveite para meter o pescoço nos corredores e conte quantos
negros/as limpam o chão;
4. Quando der uma volta num Shooping, ou no centro comercial de seu
bairro, gire o pescoço para as vitrines e conte quantos manequins de loja
representam a etnia negra consumidora. Enfie o pescoço nas revistas de moda ,
nos comerciais de televisão, e conte quantos modelos negros fazem publicidade
de perfumes, carros, viagens, vestuários e etc;
5. Vá às universidades públicas, enfie o pescoço adentro e conte quantos
negros há por lá: professores, alunos e serviçais;
6. Espiche o pescoço numa reunião dos partidos PSDB e DEM, como exemplo,
conte quantos políticos são negros desde a fundação dos mesmos, e depois
reflitam a respeito de serem contra todas as reivindicações da etnia negra.
7. Gire o pescoço 180° nas passeatas
dos médicos, em protesto contra os médicos cubanos que possivelmente irão chegar, e
conte quantos médicos/as negros/as marchavam;
8. Meta o pescoço nas cadeias, nos orfanatos, nas casas de correção para
menores, conte quantos são brancos, é mais fácil;
9. Gire o pescoço a procurar quantas empregadas domésticas, serviçais,
faxineiros, favelados e mendigos são de etnia branca. Depois pergunte-se qual a
causa dos descendentes de europeus, ou orientais, não são vistos embaixo das
pontes ou em favelas ou na mendicância ou varrendo o chão;
10. Espiche bem o pescoço na hora do Globo Rural e conte quantos
fazendeiros são negros, depois tire a conclusão de quantos são sem-terra,
quantos são sem-teto. No Globo Pequenas Empresas& Grandes Negócios, quantos
empresários são negros?
11. Nas programações das Tvs abertas, acessível à maioria da população,
gire o pescoço nas programações e conte quantos apresentadores, jornalistas ou
âncoras de jornal, artistas em estado de estrelato, são negros. Onde as
crianças negras se veem representadas?
Mais sugestões enviadas:
1. Enfiar o pescoço dentro das instituições bancárias e contar quantos
negros são gerentes, quantos são caixas e quantos são faxineiros. (Margot
Jung)
2. Nunca tive professores
negros. Nunca fui consultada por médicos negros. Em contas bancárias, nunca
tive gerentes negros. E muitos ainda insistem em dizer que em nosso país todos
têm os mesmos direitos e oportunidades. Onde estão? (Priscila Gomes)
Colaboração: Professora Emanoela
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Proposta de atividades para a sala de aula
Proposta de atividades
para a sala de aula
- Organize a sala de aula em formato de semicírculo.
- Prepare o grupo para um ambiente de diálogo.
- Proponha algumas questões para reflexão, como: O que caracteriza a África?; Quais informações você tem a respeito da África?; Relate o que você conhece sobre a cultura, relações, história deste povo...
- Proponha a leitura do texto e depois volte o diálogo mediando uma reflexão sobre a enorme diversidade da África, que não pode ser descrita com conceitos prévios e rasos devido à sua complexidade de relações, história, povos, geografia e riqueza cultural.
TEXTO – “UM
RETRATO SEM MOLDURA” (Mia Couto)
Aconteceu num debate, num país europeu. Da assistência,
alguém me lançou a seguinte pergunta:
_ Para si o que é ser africano?
Falava-se, inevitavelmente, de identidade versus
globalização. Respondi com uma pergunta:
_ E para si o que é ser europeu?
O homem gaguejou. Ele não sabia o que responder. Mas o
interessante é que, para ele, a questão da definição de uma identidade se
colocava naturalmente para os africanos. Nunca para os europeus. Ele nunca
tinha colocado a questão no espelho.
Recordo o episódio porque me parece que ele toca uma questão
central: quando se fala de África de que África estamos falando? Terá o
continente africano uma essência facilmente capturável? Haverá uma substância exótica que os
caçadores de identidades possam recolher como sendo alma africana?
Leila Leite Hernandez conhece a resposta. Ou melhor, a
impossibilidade da resposta. Afinal, é a própria pergunta que necessita ser
interrogada. São os pressupostos que carecem ser abalados. E onde se enxergam
essências devemos aprender a ver processos históricos, dinâmicas sociais e
culturas em movimento.
A África vive uma tripla condição restritiva: prisioneira de
um passado inventado por outros, amarrada a um presente imposto pelo exterior
e, ainda, refém de metas que lhe foram construídas por instituições
internacionais que comandam a economia.
A esses mal-entendidos se somou uma outra armadilha: a
assimilação da identidade por razões da raça. Alguns africanos morderam a isca.
A afirmação afrocentrista sofre, afinal, do mesmo erro básico do racismo
branco: acreditar que os africanos são uma coisa simples, uma categoria
uniforme, capaz de ser reduzida a uma cor de pele.
Ambos os racismos partilham o mesmo equívoco básico. Ambos se
entre ajudaram numa ação redutora e simplificadora da enorme diversidade e
complexidade do continente. Ambos sugerem que o “ser” africano não deriva da
história, mas da genética. E, no lugar da cultura tomou posse a biologia.
Outro lugar comum nestes exercícios de dar rosto ao
continente africano é o peso concedido à tradição. Como se outros povos, nos
outros continentes, não tivessem tradições. Como se outros povos, nos outros
continentes, não tivessem tradições, como se o passado, nesses outros lugares,
não marcasse o passo do presente. Os africanos tornam-se, assim, facilmente
explicáveis. Basta invocar razões antropológicas, étnicas e etnográficas. Os
outros, europeus ou americanos, são entidades complexas, reservatório de
relações sociais, históricas, econômicas e familiares. [...]
Prefácio ao livro: HERNANDEZ, Leila Leite. A
África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro,
2005, p. 10-11.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Por Lorena Morais
O racismo me calou durante anos. Calou-me através da timidez, da baixa estima, dos cabelos alisados ou do ferro no cabelo na beira do fogão, calou-me através das roupas, das bonecas brancas de bocas rosadas e barbies louras. Calou minha inteligência, minha coragem e meus desejos. O racismo não deixou ver minha beleza durante anos, escondeu meu sorriso, não me deixou ser doutora, nem atriz ou modelo, me fez não querer tentar ir às bancadas ou reportagens do telejornal, me fez acreditar que sou incapaz, ou “burra” e feia. O racismo me fez durante anos enxergar um cabelo ruim, me fez chorar, odiar minha pele e meu nariz, fez me esconder no fundo da sala de aula, não querer namorar, fugir dos homens e acreditar que “aquele olhar não era pra mim” ou que eu não seria pra casar. O racismo me fez acreditar que nunca vou conseguir e que aquele palco não me pertence. O racismo trouxe-me tanta dor, tantas lágrimas que hoje são transformadas em uma única palavra: RESISTÊNCIA!
Ao acordar enfrento o racismo cruel no trabalho, na rua e na escola. Enfrento o racismo do olhar, o verbal, imaginário e disfarçado. Enfrento o racismo em uma cidade negra que carrega uma cultura do preconceito, do cabelo liso, da sexualidade da negra, roupas “da moda” e uma cidade que diz que “seu lugar não é aqui, sua neguinha” e que “candomblé é coisa do diabo”.
Sou negra, jornalista, agente comunitária de saúde, soterocachoeirana, amo o meu cabelo crespo, meu nariz, sou linda e me visto como eu amo, adoro turbantes, samba de roda, faço capoeira e para mim ser negra é muito mais do que uma questão de pele. Todos e todas somos iguais, mas só quem é negro/negra sente a dor da chibata nas costas. Chorar não alivia a dor. Enxuga essas lagrimas, levanta e vamos a luta!
RESISTA, NEGRO! RESISTA, NEGRA!
Fonte: Facebook de Lorena Moraes
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Atrasado há 8 anos, SOS Racismo fica para 2014
Canal de atendimento telefônico fará o encaminhamento das denúncias a órgãos competentes
Oito anos após ser criado por lei, o programa SOS Racismo deve ser implantado no Paraná apenas no primeiro semestre de 2014. Em fase de regulamentação e estruturação, o canal telefônico foi um dos assuntos discutidos pela Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) durante a 3.ª Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial, na semana passada. A Seju também anunciou que o projeto de criação do Conselho Estadual de Igualdade Racial foi encaminhado à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e deve sair do papel em poucos dias.
Com o objetivo de combater a discriminação e reduzir as desigualdades raciais no estado, o SOS Racismo no Paraná tem a função de receber denúncias e encaminhá-las a órgãos competentes para apuração e aplicação das penalidades legais.
A diretora-adjunta do Departamento de Direitos Humanos e Cidadania da Seju, Regina Bley, afirma que o próximo passo é abrir a licitação para a compra de equipamentos e montagem da estrutura física – o local ainda não está definido. Ela não soube informar também quantos membros devem compor a equipe multidisciplinar de atendimento, nem de onde virão os funcionários.
Regina Bley recorda que, embora já exista um canal nacional de denúncias – o Disque 100 –, o SOS Racismo no Paraná será um projeto diferenciado ao conseguir fazer um atendimento mais próximo da população.
“Neste momento, ainda estamos levantando os dados de denúncias feitas via Disque 100. Mas um canal direto é muito melhor,” afirmou a diretora.
Conselho Já o projeto que cria Conselho Estadual de Promoção de Igualdade Racial no Paraná, com representação paritária entre sociedade civil e governo, foi encaminhado pela Casa Civil à Alep. A expectativa da Seju é que o conselho esteja criado nos próximos dias, mas não há previsão de regulamentação do regimento interno e dos trâmites do processo eleitoral dos membros. “Como todos os conselhos, será um espaço de deliberação e formulação de políticas públicas, com participação do poder público e sociedade civil”, resume Regina.
Segundo ela, a demora do estado na criação de um conselho de igualdade racial, quando outros estados e municípios já estabeleceram os seus, deve-se a um “processo natural”. “Tem o envolvimento de todos os movimentos sociais. O que importa é que o estado ouviu as reivindicações da sociedade civil.”
terça-feira, 9 de julho de 2013
ATIVIDADE: ESTILO AFRO
O objetivo da atividade "Afro Sim! E com muito estilo!" é contribuir com resgate cultural da aparência e estética afro, valorizando seu estilo, afirmando positivamente a autoestima afrodescendente.
Na atividade proposta destacam-se as características da pele negra e os cuidados especiais e necessários para uma pele saudável e bonita.
Destacamos também as características do cabelo negro que possui uma imensa variedade de possibilidades de apresentação. Dentro da perspectiva de trabalho com as disciplinas das ciências humanas e biológicas o material pode ser usado como reflexão sobre os estereótipos de beleza e sobre a indústria de consumo. O material é rico em imagens que podem ser transpostas à TVEPENDRIVE ou similar e favorecer o trabalho de análise e debate a partir das fotos.
Para favorecer a análise crítica é possível lançar questões sobre:
Na atividade proposta destacam-se as características da pele negra e os cuidados especiais e necessários para uma pele saudável e bonita.
Destacamos também as características do cabelo negro que possui uma imensa variedade de possibilidades de apresentação. Dentro da perspectiva de trabalho com as disciplinas das ciências humanas e biológicas o material pode ser usado como reflexão sobre os estereótipos de beleza e sobre a indústria de consumo. O material é rico em imagens que podem ser transpostas à TVEPENDRIVE ou similar e favorecer o trabalho de análise e debate a partir das fotos.
Para favorecer a análise crítica é possível lançar questões sobre:
- Quais os padrões de beleza para homens e mulheres em nosso país?
- Há algum estereótipo mais valorizado? Qual o percentual de brinquedos existentes para que crianças autoafirmem sua pele negra?
- Como o negro é apresentado nos livros didáticos, qual seu estereótipo?
- Em novelas geralmente quais os personagens dos atores negros?
- Isto reforça qual estereótipo.
- Nos programas e no jornalismo qual o percentual de negros profissionais? Quais personalidades você conhece que assumem seu estilo afro?
AFRO SIM E COM MUITO ESTILO
Qual o seu tipo de cabelo?
Liso? Crespo? Ondulado? Cacheado? Seco? Oleoso? Normal? Misto?
Qual a cor do seu cabelo?
Ruivo? Loiro? Castanho? Preto? Se tingido, qual tonalidade?
Qual seu tipo de pele?
Seca? Normal? Oleosa? Mista? Sensível?
Sabemos que cada pessoa possui seu metabolismo individual, e que este varia de acordo com hábitos alimentares, com a herança genética, com os fatores de auto cuidado, com a idade, com os ambientes em que vive, com as condições climáticas, entre outros fatores.
Com tantas variações na aparência humana as revistas divulgam diariamente matérias sobre aparência, estética, moda, comportamento, consumo...
Sendo assim os negros, maioria em nosso país, despertam um grande interesse das indústrias para o consumo de produtos específicos para o seu tipo de pele e cabelo.
Mas atualmente para mudar a aparência muitos jovens, mulheres, homens e infelizmente crianças usam produtos químicos para alisar, enrolar, alongar, tingir ou clarear os cabelos. Com a frequência do uso, a escolha inadequada de produtos e o uso incorreto estes produtos danificam os cabelos. Se associarmos ainda a escovação, secadores, luzes e xampu em excesso os danos serão infinitamente maiores.
O objetivo desta atividade é contribuir com resgate cultural da aparência afro valorizando seu estilo, incentivando a auto estima positiva dos afros descendentes.
Na atividade proposta destacamos as características da pele negra e os cuidados especiais e necessários para uma pele saudável e bonita.
Destacamos também as características do cabelo negro que em geral é mais frágil e delicado assim como seus principais cuidados.
Dicas e sugestões pedagógicas para uso do material em sala de aula:
Dentro da perspectiva de trabalho com as disciplinas das ciências humanas e biológicas o material pode ser usado como reflexão sobre os estereótipos de beleza e sobre a indústria de consumo.
Para favorecer a análise crítica é possível lançar questões sobre:
- Quais os padrões de beleza para homens e mulheres em nosso país?
- Há algum estereótipo mais valorizado?
- Qual o percentual de brinquedos existentes ou lançados no mercado para que as crianças se identifiquem com a aparência negra?
- Como o negro é apresentado nos livros didáticos, qual seu estereótipo?
- Em novelas geralmente quais os personagens dos atores negros? Isto reforça qual estereótipo.
- Nos programas e no jornalismo qual o percentual de negros profissionais?
- Quais personalidades você conhece que assumem seu estilo afro de ser?
- Quais personalidades você conhece que não assumem sua descendência afro?
- Qual a definição de cabelo?
- Em média uma pessoa possui quantos fios de cabelo?
- Quanto cresce por dia o cabelo?
- Qual a sua função?
- Quais os tipos de cabelo?
- Qual a estrutura interna do cabelo?
- Qual o PH?
- Quais os tipos de xampu?
- Quais as camadas da pele?
- Quais os tipos de pele?
- Quais os cuidados com a pele?
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